PASSAPORTES DA FELICIDADE PARA HOJE

640.   ESCRAVIDÃO E LIBERAÇÃO.

I – Escravidão

Da ignorância depende o Karma;

Do Karma depende a Consciência;

Da Consciência depende o nome e a forma;

Do nome e da forma dependem os seis órgãos dos sentidos;

Dos seis órgãos do sentido depende o contato;

Do contato depende a sensação;

Da sensação depende o desejo;

Do desejo depende a ligação;

Da ligação depende a existência;

Da existência depende o nascimento;

Do nascimento depende a velhice e a morte, a dor, a lamentação, a miséria, o pesar e o desespero.

Assim começa todo este agregado de misérias.

 

II – LIBERAÇÃO

Mas no completo descrescimento e na cessação da Ignorância finda o Karma;

Na cessação do Karma finda a consciência;

Na cessação da consciência findam o nome e a forma;

Na cessação do nome e da forma, findam os seis órgãos dos sentidos;

Na cessação dos seis órgãos dos sentidos finda o contato;

Na cessação do contato finda a sensação;

Na cessação da sensação finda o desejo;

Na cessação do desejo finda a ligação;

Na cessação da ligação finda a existência;

Na cessação da existência finda o nascimento;

Na cessação do nascimento findam a velhice e a morte, a dor, a lamentação, a miséria, o pesar e o desespero.

Assim cessa todo esse agregado de misérias.

 

O Buda Samyutta Nikãya, XXII – 90

(Baseado na tradução de: H.C. Warren)

 

641.   Quando acabamos de fazer tudo o que viemos fazer aqui na Terra, podemos sair de nosso corpo, que aprisiona nossa alma como um casulo aprisiona a futura borboleta. E, na hora certa, podemos deixá-lo para trás, e não sentimos mais dor, nem medo, nem preocupações – estamos livres como uma linda borboleta voltando para casa, para Deus...(...)

De uma carta a uma criança com câncer.

 

642.   PROCURA-SE UM AMOR...

Procura-se um amor...

Eterno, vivo,

Vibrante.

Procura-se um amor...

Louco, sincero,

Amante.

Cheio de ternura, fidelidade...

Cheio de sonhos e emoções, que faça chorar, sorrir, que faça canções...

Que faça minhas mãos tremerem à procura das tuas...

E faça os meus lábios tremerem a procura dos teus...

Que faça todo o meu corpo vibrar na presença do teu corpo, nossas bocas emudecerem quando se fizer amor...

Procura-se um Amor... Cheio, completo.

Que consiga ver com os olhos da Alma o pulsar dos corações.

Que faça poesias e me transporte ao mundo dos sonhos e fantasias, momentos e emoções. Procura-se um Amor...

Hiram Martins

 

643.   Segurar o tesouro infinito que existe no interior. Exercer controle sobre todos os pensamentos.

Masaharu Taniguchi

 

644.   A Verdade pode ser afetada pelo que acontece no tempo.

David Bohm

 

645.   Quem tem razão e quem não tem sempre discutem, pouco constroem e nada avançam.

José Trigueirinho Netto

 

646.   Todos os lugares que o olho do Céu visita, são, para o homem sábio, portas e céus de alegria.

Shakespeare – Richard II

 

647.   O silencio do homem sensato vale por todas as palavras do imprudente.

Dalmar F. Souto

 

648.   É bastante provável que na história do pensamento humano os desenvolvimentos mais fecundos ocorram, não raro, naqueles pontos para onde convergem duas linhas diversas de pensamento. Essas linhas talvez possuam raízes em segmentos bastante distintos da cultura humana, em tempos diversos, em diferentes ambientes culturais ou em tradições religiosas distintas. Dessa forma, se realmente chegam a um ponto de encontro – isto é, se chegam a se relacionar mutuamente de tal forma que se verifique uma interação real -, podemos esperar novos e interessantes desenvolvimentos a partir dessa convergência.

Werner Heisenberg

 

649.   Não entesoureis para vós, mas dai em ramalhete de ternas flores, e o jardim se estenderá.

José Trigueirinho Netto

 

650.   Ignoro por que a matéria deva ser indigna da natureza divina, já que fora de Deus não pode existir nenhuma substância dotada de natureza divina... Por isso, de forma alguma se pode asseverar que... A substância extensa... É indigna da natureza divina, desde que eterna e infinita.

Spinoza

 

651.   A ignorância só é dissipada verdadeiramente com o sentir da vida cósmica interior.

Trigueirinho

 

652.   CICLOS...

Ao findar-se a Noite do Tempo, todas as coisas retornam à Minha Natureza; quando começa o Novo Dia do Tempo, trago-as novamente à Luz. Assim, através de Minha Natureza, trago à Luz toda a Criação e esta gira em torno nos círculos do Tempo.

Mas não me encontro preso por esse vasto trabalho de Criação. Sou e observo o drama dos trabalhos. Observo, e neste seu trabalho de Criação, a Natureza traz à Luz tudo aquilo que se move e que não se move: e, dessa forma, processam-se os Ciclos do Mundo.

Bhagãvad Gita

 

653.   Antes que a Alma possa ver, é necessário alcançar a Harmonia Interior e tornar os olhos da carne cegos a toda ilusão.

Antes que a Alma possa ouvir, a imagem (o homem) deve se tornar tão surda aos rugidos como aos murmúrios, tantos aos urros do elefante como ao zumbido prateado do vagalume doirado.

Antes que a Alma possa compreender e recordar, deve estar unida ao orador silencioso, tal como a forma em que a argila é moldada, primeiro se une à mente do modelador.

Pois a Alma, assim, escutará e se lembrará.

E então a Voz do Silêncio falará ao ouvido interno.

 

A Voz do Silêncio

 

654.   Há uma estação para todas as coisas e uma hora para cada objetivo sob os céus:

- uma hora para nascer e uma hora para morrer;

- uma hora para plantar e uma hora para colher;

- uma hora para abraçar e uma hora para abster-se de fazê-lo;

- uma hora para buscar e uma hora para perder;

- uma hora para guardar e uma hora para jogar fora;

- uma hora para rasgar e uma hora para remendar;

- uma hora para ficar calado e uma hora para falar...

 

Bíblia – Eclesiastes, 3

 

655.   A verdade não é aquela a qual se demonstra – é aquela que é inelutável.

Saint Exupéry

 

656.   Devo falar de Leis e Forças não reconhecidas pela razão ou Ciência física.

Sri Aurobindo

 

657.   Sem que eu o soubesse, meu Rei, Tu imprimiste o Sinal da Eternidade em muitos momentos fugazes.

Rabindranath Tagore

 

658.   O essencial é invisível aos olhos.

Saint Exupéry

 

659.   Não existia nada: nem o claro céu, nem ao alto a imensa abóbada celeste. O que tudo encerrava tudo abrigava. E tudo recobria, que era? Era das águas o abismo insondável? Não existia a morte, mas nada havia imortal. E separação também não havia entre a noite e o dia. Só o Uno respirava em Si mesmo e sem ar: Não existia nada, senão Ele. E ali reinavam as trevas, tudo se escondia na escuridão profunda: oceano sem luz. O germe, que dormitava em seu casulo, desperta ao influxo do ardente calor e faz então brotar a Natureza Una.

Quem sabe o segredo? Quem o revelou? De onde, de onde veio a Criação multiforme? Os Deuses só mais tarde à vida surgiram. De onde está a Criação Imensa? Quem o sabe? Por ação ou omissão de Sua Vontade? O Sublime Vidente, no Alto dos Céus, o segredo conhece... Talvez nem Ele...

Profundo a Eternidade... Inda mesmo antes de lançados os alicerces do mundo, Tu eras. E quando o fogo subterrâneo romper sua prisão, destruindo a estrutura, Óh! Ainda serás Tu como eras antes. Também quando o tempo já não existir nenhuma transformação conhecerás, Mente Infinita, Divina Eternidade!

RIG VEDA