segunda-feira, 2 de abril de 2018




NEM TANTO...

Nem tanto a Deus nem tanto a César,
Nem tanto longe,  nem tanto perto,
Nem tanto rico nem tanto pobre,
Nem tanto acima nem tanto embaixo...
O Universo equilibra-se em Um Ponto.
E esse Ponto é Deus.

Nem tanto o nada, nem o tudo,
Porém, e contudo
O equilíbrio é alicerce  do nada,
O nada que é o vazio
Que a tudo contém...
O espaço vazio no copo
Que como diz Lao-Tsé
É esse vazio que confere utilidade ao copo,
À casa...
Nem tanto o vazio, nem tanto o aparentemente concreto,
Que está sob nosso teto,
São independentes, afinal.
É justamente o equilíbrio da massa, o tudo,
Com o vazio do nada no espaço,
Que cria todas as coisas...
Físicas, tridimensionais...

Nem tanto insistente, mas persistentemente,
Procuramos saber de Algo Mais,
Quer seja esse Algo Mais, Deus,
Quer seja as próprias peculiaridades
De nosso Ser.
Nem tanto desconhecer, nem tanto conhecer de uma vez,
Mas buscar sempre o auto aprimoramento,
 A Consciência de Si,
E esse “Si’ é a parte maior, eterna, imortal de nós mesmos...
É nosso Eu Sou ligado ao Criador,
Que tudo sabe,
Que tudo vê,
Que tudo pode,
Mas, principalmente,
Que a tudo e a todos, ama.
Desindentifique-se de teu ego pequenino,
Identifique-se com o que ou quem realmente tu és...
Busca o impossível,
Nem tanto de uma vez, nem tanto no talvez...
E verás um dia
A suprema felicidade,
A autêntica alforria do Ser,
Em ti acontecer...


Ivanildo Falcão da Gama




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