RECÔNDITOS INTERIORES
Procuro
alquimizar espaços internos
Dentro de um
coração por baixo do terno,
Que as vãs
aparências, de uma cidade a delirar,
Deixa-me com
poucas paradas,
Para realmente
pensar.
E assim voltar
a amar:
O simples,
O belo,
O pregar com
aquele martelo
O prego
Do suporte de
uma solitária pintura
Que ainda hoje
perdura,
No romântico
devanear
Que um sonho
Fez-me
Relembrar.
Passo noites
insones,
Tentando
despertar.
Vivo a
aspiração dos devotos,
A devoção dos
Aspirantes.
Sacralizo meu
caminhar.
Rego as flores
do adeus,
E me ponho a
cantar
Na sintonia
Da sinfonia
Da luta que
conduz à Paz,
Para nova
consciência
Conquistar.
Sigo por entre
espinhos, a martelar, a arquitetar
Amores que
vieram, amores que vêm, amores que virão
No
incondicional amar
Que me diz de
Deus,
Do meu espírito
guerreiro,
A idealizar, a
imaginar
A Grande
Fraternidade Universal,
No açúcar e no
sal
No tempero do
desespero da vida,
Dentro de meu
quintal
Fielmente
vivido
No imaterial.
No atemporal...
Nos recônditos
interiores,
Onde todos os
meus amores,
Que vivem no
mundo, no universo
Na poesia, no
verso transverso,
Apontam-me os
Céus.
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