ATIVO OU REATIVO?
Você se considera mais uma pessoa,
ativa, passiva ou reativa? Pesquisas recentes em Psicologia e Sociologia, bem
como preconiza a Ciência Espiritual, têm mostrado que a maioria das pessoas têm
uma personalidade e um temperamento característicamente reativos.
Reativos
são aqueles indivíduos que, por ainda não terem desenvolvido a imparcialidade,
a flexibilidade social e a tolerância, reagem calcados predominantemente no
ego, que por tudo se incomodam: Seja na família, seja no trabalho, seja na rua,
no trânsito, seja com a qualidade da comida, seja com um insulto que sempre o
atinge facilmente, seja com as próprias injunções ou circunstancias que o meio
social lhe impõe.
Têm um grande comprometimento com sua
própria auto-estima e, mesmo em idade avançada, necessitam constantemente de
auto-afirmação como pessoa, como cidadão, como indivíduo ainda não detentor de
um pensamento autônomo, de um senso de juízo independente, de uma serenidade
que as pessoas maduras e mais sábias adquirem e que se incomodam com quase
tudo: desde que levantam da cama, começam um rol de reclamações e resmungos,
tais como: “Que droga, meia furada!
Quantas vezes eu já disse que...” “Se hoje eu encontrar fulano ele vai se ver
comigo pelo que me fez ontem”! Mas que sujeito #%¨!”*++...ele me paga, não
perde por esperar” Que droga de novela! (Tudo o que tem que fazer é dar um “muting” ou desligar o aparelho, se
a sua indomável inércia o permitir). Isto sem contar em casa com a esposa (o),
quando se tem um tempo precioso e ocioso, quando a troca de insultos é
conseqüência de uma interminável discussão de auto-afirmação mútua.
Não estamos aqui tecendo uma apologia
contra as reclamações. Reclamações justas adquirem um poder proveniente de um
homem justo. E devem ser, sim, reivindicadas. Porque, convenhamos, é tão mais
fácil por a “culpa” em algo externo a nós: na família, no professor, no
governo, no clima, naquela “gentinha”, na vida, na morte...
O mais meritório e difícil é nos
encarar. Olhar para o espelho de nós mesmos, por a mão na consciência e nos
perguntar: Em que errei? Será que fulano (a) pode ter razão? Como agir melhor
da próxima vez? O que ou em que posso me melhorar? Que posso fazer para ajudar?
– Isto é possuir autoconsciência. Isto é autosuperação. Isto é crescimento.
Isto é para os fortes. Para os “bons samaritanos” da vida. Para as pessoas
realmente valorosas,virtuosas.
Tanto a pessoa passiva, inercial,
indolente, quanto a pessoa ativa ou superativa também são ainda muito
reagentes. O que de mais saudável - e que se configura uma qualidade de vida
superior, um otimizar do tempo que a nós está provisoriamente disponibilizado -
podemos fazer para nos tonarmos mais “ativos” e menos “reativos”? Dar um basta
no stress, tomando um sorvete no meio da tarde quente, indo pescar? Sempre
contar até 10?
Basicamente alguém mais ativo e menos
reativo é uma pessoa centrada em si mesma, que está mais interessado em
empreender suas próprias ações e seu pensar,
querer e agir no mundo de forma correta, sem se permitir que as circunstâncias,
positivas ou negativas, tomem conta de sua alma, mente, emoções, corpo. Não
está nem um pouco interessado em querelas inúteis, em se mostrar, em
exibicionismos do ego, em perda de tempo muito precioso. Porque até o tempo que
estamos descansando ou em lazer, é importante. “Tempo é ouro!”, já diziam os
antigos. “Tempo é dinheiro!”, já diziam aqueles que pensam que quando partir
daqui poderão levar maços de dólares ou reais...em detrimento de uma vida um
pouco melhor, mais cômoda e feliz, com tempo para aprimorar-se e bem
relacionar-se com a família, amigos e conhecidos.
Quando dizemos que alguém centrado é
alguém ligado em tudo o que se passa em sua realidade, estamos muito longe de
caracterizar alguém de interesses meramente egoísticos.
Essas
pessoas ainda têm muito que se lapidarem para aprender a viver com a
responsabilidade da qualidade espiritual em suas vidas. Em servir
desinteressadamente ao seu semelhante. Em deixar, gradativamente, sim, porque
para sermos altruístas, para dar atenção e ver o outro, é preciso treinamento para sermos menos
egoístas, enxergar só o próprio umbigo e só querer para si.
Assim o homem basicamente ativo costuma
ter um histórico de sucesso, de felizes empreendimentos e faz parte daqueles
que aonde chegam e no que quer que façam, fazem a diferença, deixam sua marca
de honestidade, força, paciência, tolerância, bondade, capacidade de liderança,
como também por serem altruístas, deixam sempre por onde passam, rastros de luz,
de amor e de saudade.
Pensemos um pouco nisto. Sobre o que
estamos deixando diariamente para a vida que nos dá e nos deu tanto. E que
possamos, passo a passo, acordar a nossa consciência. Sermos mais ativos e
muito, muito menos somente reativos. E no bem que isto nos causará, bem como
nas pessoas que fazem parte de nosso círculo diário de convivência. Desenvolver
a imparcialidade, a tolerância, o perdão-esquecimento, seguir sempre em frente,
no mais absoluto respeito por todas as criaturas. Ter coragem para as pequenas
coisas, tão importantes para alguém e para o planeta. Eis aqui o primeiro passo
para a vivência da Compaixão. Do sucesso, impreterível. Da prosperidade
material e espiritual. Viver ativos, intensamente, cada segundo de nosso
momento presente. No aqui e no agora. E viver nossos momentos com paixão. Viver
a vida de forma apaixonada, grata, profícua, proficiente e alegremente nos
nossos dias, agradecendo muito mais do que reclamando ou “reagindo” sempre. E
agora? Vamos agir?
Ivanildo Falcão da Gama – Caldas Novas (GO), 31 de
março de 2007.
Autor do livro: SER LUZ, disponível
Pelo mail ou fone: (64) 9219-5391
“O amor é sempre a chave. Mas o amor exige coragem.
E a impecabilidade está em se manter fiel a si mesmo”
Amado Mestre El Morya
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