O poeta expõe sua alma,
Passada a limpo
Ao público que se identifica
Com as veias
Do sangue
Ou do mel
Das suas palavras.
O poeta se desnuda para a multidão
Que sorve
As aventuras e desventuras
Das máscaras ou das caras limpas
Das nuances
De suas esperanças
E da análise gorgeante
De suas novas, infantes
Palavras soltas ao vento.
O poeta sangra seus versos
Na pauta de seus dias
Que são assim tão iguais
Na experiência costumeira
Das rimas rendeiras
Da vivência da dor
Que na cansada rima do amor
Dizendo de si,
Acaba por dizer
De todo mundo...
O poeta num átimo de segundo,
Expõe seu coração
Para dos homens o mais vagabundo
Ao mais eminente do ser
Na sua espiritual alimentação,
No seu doce
Ou amargo
padecer
Para assim parecer
Que não liga para a gramática,
Da vida que também é a sua...
Totalmente nua
Na sua alma
Enigmática, enigmática...
Vando
É mesmo; nossa alma se reparte...
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