terça-feira, 17 de março de 2015

ATIVO OU REATIVO?

ATIVO OU REATIVO?


         Você se considera mais uma pessoa, ativa, passiva ou reativa? Pesquisas recentes em Psicologia e Sociologia, bem como preconiza a Ciência Espiritual, têm mostrado que a maioria das pessoas têm uma personalidade e um temperamento característicamente reativos.
Reativos são aqueles indivíduos que, por ainda não terem desenvolvido a imparcialidade, a flexibilidade social e a tolerância, reagem calcados predominantemente no ego, que por tudo se incomodam: Seja na família, seja no trabalho, seja na rua, no trânsito, seja com a qualidade da comida, seja com um insulto que sempre o atinge facilmente, seja com as próprias injunções ou circunstancias que o meio social lhe impõe.
         Têm um grande comprometimento com sua própria auto-estima e, mesmo em idade avançada, necessitam constantemente de auto-afirmação como pessoa, como cidadão, como indivíduo ainda não detentor de um pensamento autônomo, de um senso de juízo independente, de uma serenidade que as pessoas maduras e mais sábias adquirem e que se incomodam com quase tudo: desde que levantam da cama, começam um rol de reclamações e resmungos, tais como:  “Que droga, meia furada! Quantas vezes eu já disse que...” “Se hoje eu encontrar fulano ele vai se ver comigo pelo que me fez ontem”! Mas que sujeito #%¨!”*++...ele me paga, não perde por esperar” Que droga de novela! (Tudo o que tem que fazer  é dar um “muting” ou desligar o aparelho, se a sua indomável inércia o permitir). Isto sem contar em casa com a esposa (o), quando se tem um tempo precioso e ocioso, quando a troca de insultos é conseqüência de uma interminável discussão de auto-afirmação mútua.
         Não estamos aqui tecendo uma apologia contra as reclamações. Reclamações justas adquirem um poder proveniente de um homem justo. E devem ser, sim, reivindicadas. Porque, convenhamos, é tão mais fácil por a “culpa” em algo externo a nós: na família, no professor, no governo, no clima, naquela “gentinha”, na vida, na morte...
         O mais meritório e difícil é nos encarar. Olhar para o espelho de nós mesmos, por a mão na consciência e nos perguntar: Em que errei? Será que fulano (a) pode ter razão? Como agir melhor da próxima vez? O que ou em que posso me melhorar? Que posso fazer para ajudar? – Isto é possuir autoconsciência. Isto é autosuperação. Isto é crescimento. Isto é para os fortes. Para os “bons samaritanos” da vida. Para as pessoas realmente valorosas,virtuosas.
         Tanto a pessoa passiva, inercial, indolente, quanto a pessoa ativa ou superativa também são ainda muito reagentes. O que de mais saudável - e que se configura uma qualidade de vida superior, um otimizar do tempo que a nós está provisoriamente disponibilizado - podemos fazer para nos tonarmos mais “ativos” e menos “reativos”? Dar um basta no stress, tomando um sorvete no meio da tarde quente, indo pescar? Sempre contar até 10?
         Basicamente alguém mais ativo e menos reativo é uma pessoa centrada em si mesma, que está mais interessado em empreender suas próprias ações e seu pensar, querer e agir no mundo de forma correta, sem se permitir que as circunstâncias, positivas ou negativas, tomem conta de sua alma, mente, emoções, corpo. Não está nem um pouco interessado em querelas inúteis, em se mostrar, em exibicionismos do ego, em perda de tempo muito precioso. Porque até o tempo que estamos descansando ou em lazer, é importante. “Tempo é ouro!”, já diziam os antigos. “Tempo é dinheiro!”, já diziam aqueles que pensam que quando partir daqui poderão levar maços de dólares ou reais...em detrimento de uma vida um pouco melhor, mais cômoda e feliz, com tempo para aprimorar-se e bem relacionar-se com a família, amigos e conhecidos.
         Quando dizemos que alguém centrado é alguém ligado em tudo o que se passa em sua realidade, estamos muito longe de caracterizar alguém de interesses meramente egoísticos.
Essas pessoas ainda têm muito que se lapidarem para aprender a viver com a responsabilidade da qualidade espiritual em suas vidas. Em servir desinteressadamente ao seu semelhante. Em deixar, gradativamente, sim, porque para sermos altruístas, para dar atenção e ver o outro,  é preciso treinamento para sermos menos egoístas, enxergar só o próprio umbigo e só querer para si.
         Assim o homem basicamente ativo costuma ter um histórico de sucesso, de felizes empreendimentos e faz parte daqueles que aonde chegam e no que quer que façam, fazem a diferença, deixam sua marca de honestidade, força, paciência, tolerância, bondade, capacidade de liderança, como também por serem altruístas, deixam sempre por onde passam, rastros de luz, de amor e de saudade.
         Pensemos um pouco nisto. Sobre o que estamos deixando diariamente para a vida que nos dá e nos deu tanto. E que possamos, passo a passo, acordar a nossa consciência. Sermos mais ativos e muito, muito menos somente reativos. E no bem que isto nos causará, bem como nas pessoas que fazem parte de nosso círculo diário de convivência. Desenvolver a imparcialidade, a tolerância, o perdão-esquecimento, seguir sempre em frente, no mais absoluto respeito por todas as criaturas. Ter coragem para as pequenas coisas, tão importantes para alguém e para o planeta. Eis aqui o primeiro passo para a vivência da Compaixão. Do sucesso, impreterível. Da prosperidade material e espiritual. Viver ativos, intensamente, cada segundo de nosso momento presente. No aqui e no agora. E viver nossos momentos com paixão. Viver a vida de forma apaixonada, grata, profícua, proficiente e alegremente nos nossos dias, agradecendo muito mais do que reclamando ou “reagindo” sempre. E agora? Vamos agir?


Ivanildo Falcão da Gama – Caldas Novas (GO), 31 de março de 2007.


Autor do livro: SER LUZ, disponível
Pelo mail ou fone: (64) 9219-5391


“O amor é sempre a chave. Mas o amor exige coragem.
E a impecabilidade está em se manter fiel a si mesmo”
Amado Mestre El Morya


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