NO SILÊNCIO DE NOSSA
ALMA...
Existe um silêncio...
Uma absoluta calma
interior,
Que, no espelho da
alegria ou da dor,
Do movimento ou da
inação,
Em nós reside,
Em todos nós está
presente.
É preciso
encontrarmo-nos dentro desse ponto.
É preciso sintonizarmo-nos
com esse equilíbrio, profundo...
É preciso sabermo-nos
identificar a imobilidade dentro de todo o movimento.
Esse silêncio, este
ponto interno, está na nossa Alma.
É o silêncio que
permeia o centro de nossa consciência.
E esse silêncio pode
nos conduzir aos píncaros de nossas realizações, ao oceano de nosso Ser.
Pode nos orientar
quanto aos nossos caminhos, pode nos direcionar em meio ao movimento frenético
e caótico do mundo externo.
Nesse silêncio
d’alma, encontramos carinhosamente a nós mesmos. Ouvimos o pulsar de nosso
coração que está em sintonia com o pulsar de todas as estrelas do cosmos...
Nesse silêncio,
podemos orar, sentir, falar e ouvir, amar e deixar-se amar...
Nesse silêncio
d’alma, sentimos nosso próximo, os animais, as plantas, o firmamento, as
nuvens, o vento, a água, a terra e o fogo de nossos intentos, o ardor de todas
as paixões e o impulso da Graça, qual gloriosa e eterna chama a avivar o Amor.
No silêncio de nossa
alma encontramos DEUS, que está em nós.
Para irmos até Ele,
precisamos ir ao silente momento desse ponto consciencial, que é o veículo da
orientação divina que nos aponta os melhores caminhos.
No silêncio de nossa
alma, quando olhamos para dentro de nós, mesmo em meio a toda a confusão
cotidiana do mundo, podemos parar... E ver a nós mesmos. E assim, redirecionar
nosso leme a cada instante no infindo momento do agora, que é o único que
realmente contém a substância vital, por todos os nossos caminhos.
É no silêncio que
amamos, que perdoamos, que compreendemos, que iniciamos sem pestanejar, a ação
correta. Que podemos, efetivamente, tocar e sentir, olhar e ver, ouvir e
escutar, podendo nos assenhorear dos melhores pensamentos e sentimentos que
darão qualidade às nossas atitudes, como aprendizes e mestres da Grande Escola
da Vida.
Que um dia nos
encaminhará para o perene paraíso de DEUS. Porque no silêncio fomos concebidos,
no silêncio d’alma devemos viver centrados no caminhar da vida, e no silêncio,
retornaremos ao seio celestial, de onde proviemos. No silêncio DEUS nos fala,
no silêncio falamos mais intimamente com DEUS. No silêncio de uma lágrima
vertida por pura gratidão, alcançamos as alturas do CRISTO, ofertando-nos
sempre a melhor solução, o CRISTO que também em nós reside e que nos fala a
todo instante, valendo-se do silêncio de nosso ser que pode assim, cumprir
alegremente, suavemente, o nosso destino e portanto, verdadeiramente,
frutificadamente, divinamente, viver.
Ivanildo Falcão da
Gama
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